Comunicação

5 habilidades para uma carreira em Moda

Se você assim como eu, gosta de moda e deseja um dia trabalhar para esse grande mercado, acompanhe as dicas de habilidades para desenvolver para atuar nesse mercado tão amplo. Designer, jornalista, publicitário, administrador, seja qual for a sua formação existe uma área em que você pode atuar no mercado de moda, ele é vasto e diversificado. Mas existem algumas habilidades que independente da área na qual irá atuar (desenvolvimento de coleção ou compras) que você pode desenvolver para se tornar um profissional mais qualificado e assim aumentar suas chances, afinal a concorrência é grande, o mercado também, mas estar preparado ou se preparar faz parte do processo.

1. LEIA REVISTAS DE MODA

2ba710_5cc42827d529a0e2385e4b8fff6d5fa1

Vogue, Elle, Harper’s Bazaar, Marie Claire, GQ, W, Vanity Fair, L’officiel entre outras. Esses veículos de comunicação reúnem grande informação gerada durante os grandes desfiles de moda, sem se falar em entrevistas exclusivas e uma visão mais geral do dia-a-dia. AH mas isso eu também encontro na internet. É eu também cheguei a ignorar as revistas e achar que só a internet bastava, NÃO BASTA. Além do conteúdo rico, se você é designer ou publicitário consegue tirar desse hábito uma visão melhor de todo o trabalho editorial de uma revista, diagramação, padrões, propagandas e tal. Se você é jornalista consegue avaliar e ver como atuam as pessoas que fazem a revista, escrevem. Ler nos ensina a escrever, e cada vez melhor. Termos e marcas que desconhecemos. Sem se falar que a moda é um ciclo, ela se reinventa, renasce a cada dia, se adapta aos novos padrões e corpos. É um investimento para se manter informado. Quem não soube da recente crítica a Vogue Kids Brasil sobre o editorial que mostravam crianças muito adultas? Só pude realmente ter um posicionamento a respeito quando vi o editorial na revista, fora isso só ouvia opiniões em meio digitais. Leia revistas de Moda, escolha suas favoritas e LEIA (não folheie).

2. LEIA LIVROS DE MODA, TAMBÉM

Livros de Moda

Ok, você deve tá perguntando se isso é para quem quer dar aula de moda. E eu te digo, não. É para você que quer sentar e preparar uma propaganda, para você que quer produzir um editorial de Moda ou para você que precisa planejar uma campanha de moda. Leia livros sobre história da moda, sociologia da moda, filosofia da moda, antropologia, consumo. Sim tudo isso vai te dar um embasamento na produção do trabalho, porque na moda nem tudo é novo, ela se reinventa (lembra que falei no tópica acima?), então, vai produzir um editorial de moda ou uma campanha? Tem que conhecer de arte, cinema, literatura, música, só gostar de moda não basta. Quem foram os cantores influentes na moda, que filmes marcaram uma década, que música é a cara da marca? Parecia fácil né? Quanto mais você sabe sobre cultura mais rico você fica para desenvolver um excelente trabalho e criativo sem precisar “copiar” nada. Infelizmente na moda somos muito propícios como em qualquer área criativa, a cópia. Falar que gosta de moda é fácil, quero ver ler Lipovetsky.

3. ESCREVA

Escreva sobre Moda

Mas que saber sobre o que é o mundo/mercado de moda, você também precisa saber escrever sobre ele. Essa dica de habilidade a desenvolver é mais para as que buscam trabalhar com Comunicação (design, jornalismo e tal). Mas se você não é da área de comunicação mas se interessa, vale também. Escrever (depois que crias o hábito de ler) é uma habilidade valiosíssima. Em meios as oportunidades para comunicação digital,  o que mais vejo nas propostas de vagas são empresas pedindo “habilidade com escrita/ excelente português/ habilidade com comunicação”, no final das contas é saber desenvolver um pensamento crítico ou construtivo, dar sua opinião ou apenas resenhar sobre alguma coisa. Eu criei um blog para treinar essa habilidade, você pode fazer artigos, pode fazer anotações, pode criar um blog ou tumblr. A área científica para Moda tem crescido muito e há poucos se arriscando em pesquisas de moda. CLARO que quando falo sobre escrever não tô dizendo que devas escrever APENAS sobre os desfiles de Milão, Paris e NY (que provavelmente você nem esteve lá), mas você pode falar sobre comportamento, consumo, vendas, o mercado, sobre as pessoas, as marcas, seja criativo, pense e escreva.

4. APRENDA OUTRO IDIOMA ALÉM DO INGLÊS

Idiomas

Tá que o inglês é o mais importante e básico a gente já sabe, mesmo sabendo também que nem muita gente fala ele fluentemente. Arrisque-se, se você já tem conhecimento do idioma e já praticou oralmente arrume amigos estrangeiros, vá a hostels ou arrume outros amigos que queiram praticar. No final das contas falar é algo meio de “VAI” e pronto. Mas quero ressaltar nessa dica que além do inglês é essencial para o mercado de moda que você tenha conhecimento de um outro idioma. Espanhol, francês e italiano são os queridinhos. Mas não exite caso se interesse por alemão e japonês, são idiomas riquíssimos e que só vão acrescentar no seu currículo. Algumas empresas sul-americanas só contratam quem tem espanhol, já virou requisito, esses dias vi uma vaga para mídias sociais que tinha que ter espanhol fluente ou ser nativo. Então comece em casa com vídeos na internet mesmo ou se preferir e puder invista em aulas particulares com nativos (é enriquecedor).

5. ACREDITE EM VOCÊ

Acredite em você

Calma, eu não escrevi tudo isso para finalizar com uma auto-ajuda. Acreditar que você é capaz e pode é um habilidade que nem todos possuem. Quantos querem mas desacreditam de suas capacidades? Se você não acreditar e confiar em si, infelizmente o mercado também não fará. Então busque meios, conhecimento, cursos, pessoas, que te permitam sentir segurança e se você tem um objetivo trabalhe encima desse objetivo. Quer ser estilista? Comece rabiscando como você sabe. Se puder invista em um curso se não puder busque inspiração em livros, revistas ou na internet e vá treinando. Treine. Habilidades são desenvolvidas com muita dedicação e com trabalho também. Se não conseguir de primeira aquela vaga que tanto queria, continue treinando, continue tentando. Não deixe de acreditar em você.

Fonte imagens: Pinterest

WGSN – Inovação e Moda

A Worth Global Style Net (para os íntimos WGSN) é uma agência online de previsão de tendências. A queridinha e conceituada empresa situa-se em Londres e opera há mais de quinze anos no mercado. Sua proposta está vinculada a oferecer serviços de tendências atualizados e relevantes através da web. A WGSN foi fundada pelos irmãos Julian e Marc Worth, que buscavam oferecer um produto revolucionário no serviço de previsão – basicamente focado na industria da moda. Suas sedes encontram-se hoje em Nova York, Melbourne, Istambul, Hong Kong e o mais recente em Xangai.

Marc Worth

Marc Worth

Mas do que se trata a previsão de tendências? A previsão de tendências é um método de coleta de informações, reconhecido dentro da industria da moda e de outros negócios ligados diretamente a criação. A WGSN gera essa informação, e seus clientes pagam uma taxa para acessar esta informação. Tais informações vão desde desfiles, mudanças de comportamento, street style, moda vintage, orientações sobre tecidos e cores. Seus serviços são especificadamente direcionados as equipes de design do mercado de massa e varejistas, que necessitam de informações com rapidez.

Mas e aí? Eu como designer de moda, como utilizo dessas informações geradas pela WGSN?

A princípio os serviços disponíveis fazem parte da fase de análise e pesquisa, quando os designers estão desenvolvendo os primeiros conceitos e ideias dos produtos. Essas informações são recebidas diariamente com atualizações adequadas a marca e aos consumidores que representam. A equipe WGSN participa de várias feiras e eventos de negócios (moda, marca, têxtil) para a elaboração de relatórios logo em seguida o término dos mesmos. A informação é editada pela própria WGSN para uma melhor interpretação do cliente, classificando-as por tipo de produto ou setor de mercado – tornando a navegação pelo site rápida e fácil.

WGSN Tumblr

WGSN Tumblr

O serviço oferecido pela WGSN trás inspiração e dá peso as ideias conceituais e às orientações de tendências que os designers já possuem, mas que precisam de ajuda para transformar em algo mais tangível. É importante frisar que a coleta e o acompanhamento das informações fornecidas por uma empresa como a WGSN fazem parte de um processo contínuo para os varejistas de moda rápida (Fast fashion), para quem o acesso rápido aos dados de previsão de tendência é vital.

Quando as informações de tendência são analisadas, interpretadas e reproduzidas segundo a estratégia da empresa, ajudam a criar o look correto e a determinar a diretriz do negócio. É importante notar que as agências e serviços de tendências só apresentam vantagens se os designers e as equipes de design que as utilizam forem bons o suficiente para interpretá-las em seu benefício.

A WGSN oferece previsões e análises de tendencias a 36 mil clientes espalhados pelas industrias do vestuário, de estilo, design e do varejo.

“A WGSN é a bloomberg da moda.” Business Week

Trends Lover

Trends Lover

 

Fontes Imagens: Pinterest e Google
Fonte Texto: Merchandising de Moda, Virginia Grose.

Painel de Inspiração

Painel de inspiração, painel semântico, moadboard, painel visual ou de referências – como quiser chamar, essa ferramenta é utilizada não só no área da moda e profissionais da moda como por designers gráficos, designers de interiores, arquitetos, jornalistas, estilistas, engenheiros de produto e muitos outros profissionais que trabalham com criação e produto.

O Painel de inspiração é uma ferramenta para pesquisa de moda, ele pode ser direcionado a criação de um produto (peças ou figurino), para definir um estilo ou para o consumidor. O painel vai compor de forma simplificada toda a informação de maior relevância e que melhor exemplifique o que se deseja realizar, para uma criação ou um editorial por exemplo. Possuir as informações o mais clara possível para que todos da equipe compreendam é o objetivo dessa ferramenta. O painel de inspiração nada mais é do que uma ferramenta de comunicação. Nele as informações são interpretadas de maneira conceitual e não através de uma cópia.

c4d2105fc686643fba37ce068525a517

DELI-MoodBoard-Lenny-Niemeyer

Como eu posso criar um Painel de Inspiração? Simples.

  • Com recortes de revistas, jornais, tecidos, formas, fotografias, colagem de aviamentos e outros;
  • Com figuras e imagens da internet pode-se montar um painel de inspiração digital;
  • Pode-se ainda criar um caderno de inspiração, através de colagem ou digital também,  nele a proposta é incluir informações e materiais (ideias) que possam ser utilizadas futuramente em outros trabalhos;
  • Criatividade e originalidade.

Não menos importante, a criatividade e a originalidade de como extrair informações desses painéis é que farão o diferencial no seu trabalho final.

moodboard-everyday-exotic

Fonte Imagens: Google

5 áreas da moda para fazer carreira

Engana-se quem pensa que a moda é apenas formada pelo estilista e a modelo, ao contrário do que muitos pensam a moda é uma indústria enorme que movimenta muito financeiramente a economia, não distante disso a gama de profissionais que abastecem ela é dos mais diversificados.

Hoje vamos ver as 5 grandes áreas do mercado da moda para se fazer carreira, entre uma dessas áreas você vai se encontrar e quem sabe assim começar a traçar melhor seu caminho de sucesso na moda.

1 – CRIAÇÃO

A área de criação pode ser descrita como a mais desejada, por ser uma área extremamente envolvida com a criatividade, ela foi  e ainda é digamos que a favorita entre todas. Antes muito ligada ao personagem do estilista devido aos grandes desfiles, hoje nessa área encontramos profissionais como o modelista – um profissional pouco reconhecido porém com grandes responsabilidades e tão bem pago quanto um estilista. Abaixo segue as sub-áreas, as quais encontramos na áreas de criação:

  • Coordenação de Moda
  • Criação
  • Desenvolvimento de Produto
  • Desenho
  • Modelagem
  • Pesquisa de Tendências.

Paris Haute Couture - Chanel

 

2 – PROCESSOS PRODUTIVOS

Aqui estamos falando de produção, muitos profissionais preferem e pensam que o trabalho com moda está apenas ligado ao escritório, desfiles e coquetéis. Mas uma área de grande oferta de trabalho no mercado de moda, são as fábricas têxteis. Infelizmente falta profissionais para essa área. Nela é possível conhecer, trabalhar com todo o processo de planejamento produtivo de uma produção têxtil, com pesquisa têxtil, tecidos e matéria-prima. Quem já trabalhou em indústria tem alguns pontos a mais pra essa área, já conhece como funciona uma fábrica e muitos dos sistemas são similares só muda o produto final. Abaixo algumas sub-áreas que encontramos no mercado da área de Processos Produtivos:

  • Acabamento
  • Beneficiamento
  • Costura
  • Engenharia Têxtil
  • Estamparia
  • Operação de CAD
  • PCP
  • Qualidade
  • Tempos e Métodos

textil_bg

 

3 – COMUNICAÇÃO

A área mais procurada de todas do mercado de moda, até mais do que a de criação. Isso não significa que existam mais vagas para essa área. Infelizmente não há tantos profissionais qualificados assim como não há empresas que dão tanta importância para essa área dentro de uma marca de moda. E por ser uma área nova e em grande desenvolvimento (novos ramos como blogs, mídias e redes sociais) existe aqui algumas distorções com o trabalho a ser executado. O que é preciso para trabalhar com comunicação em moda? Não, não é ser apenas um usuário de mídias sociais, se você quer trabalhar com comunicação não veja como usuário veja como profissional. E busque o que um profissional dessa área precisa para atuar no mercado. Abaixo algumas sub-áreas do mercado de comunicação em moda:

  • Consultor de Imagem
  • Fotografia
  • Jornalismo de Moda
  • Produção de Moda
  • Visual Merchandising
  • Vitrina

Formacao-em-Comunicacao-em-Moda-1

 

4 – GESTÃO

Essa área é relacionada tanto com indústria quanto com varejo. É um setor que tem sido bastante investido, negócios de moda tem crescido bastante, com visão inovadora e busca por uma estrutura administrativa diferente da familiar – que era bastante comum nas empresas têxteis. O gerenciamento dentro do varejo é amplo, com estoque, compra, entrada de peças, mix de produtos, perfil do público e localização de loja. Abaixo algumas sub-áreas do mercado de gestão em moda:

  • Administração
  • Comercial
  • Comércio Exterior
  • Compras de Moda
  • Logística
  • Marketing
  • Varejo/Atacado.

6725086167_9705e070fc_b

 

5 – PESQUISA CIENTÍFICA

Não menos importante, a última área de atuação onde também se pode formar uma carreira em moda é a área de educação. Nessa área entra a pesquisa científica propriamente dita, como as de mestrado e doutorado e para quem acha isso pouco importante, grandes autores de livros na área de moda são cientistas da moda – o brasil já possui mestrados específicos na área e doutorados que podem ser relacionados e direcionados a área também, desde pesquisas de materiais e produção a pesquisas de consumidor, comportamento, tendências e linguagens da moda, tudo praticamente pode ser envolvido nessa área. Ou seja, nada melhor do que aprender ensinando. Abaixo algumas sub-áreas desse mercado educacional:

  • Professor
  • Mestrado (pesquisador)
  • Doutorado (pesquisador)
  • Treinamento.

 

Atualizados-recentemente1

 

Fonte de Conteúdo: CarreiraFashion.com.br

 

Primeiro fotógrafo de moda é homenageado em Londres

O Victoria and Albert Museum (V&A) , um dos maiores (senão o maior) museu de artes decorativas e design de Londres, traz uma linda exposição que homenageia Horst P. Horst, o primeiro fotógrafo de moda da história.  A exposição apresenta uma retrospectiva de suas obras (1906-1999), inicia-se em setembro desse ano e vai até janeiro de 2015.

Mas quem é Horst P. Horst? Talvez tenha passado despercebido, mas quem já leu um pouco sobre a história da moda (e essa temática é bem longa) conhece ou já passou involuntariamente por esse nome. Horst Paul Albert Bohrmann , nascido na Alemanha ao mudar-se para Paris estudou arquitetura onde também tornou-se amigo de grandes expoentes da vanguarda cultural. Em 1930 ele veio a conhecer quem seria seu mentor intelectual e amante, Barão George Hoyningen-Huene, que nada mais realizava trabalhos fotográficos para revista Vogue.

horst_p_horst_va_exposicao_4

Foi só em 1931 que Horst começou sua parceria com a Vogue, edição francesa. Nos anos que seguiram vários trabalhos começaram a ser realizados com a Vogue britânica, recebeu críticas no The New York Times onde sua carreira alavancou e começou a fotografar artistas, nobres e socialites. Durante três décadas fotografou as coleções de Coco Chanel, a quem admirava muito. Assinou mais de 90 capas da Vogue, trabalhou com renomes também como Karl Lagerfeld, Salvador Dalí, Elsa Schiaparelli e Coco Chanel.

horst_p_horst_va_exposicao_5

Quem não puder ir a Londres pode conferir algumas das obras pela internet, seu trabalho é muito influente e inspirador.

horst_p_horst_va_exposicao_2

 

horst_p_horst_va_exposicao_6

 

horst_p_horst_va_exposicao_1-cópia

 


Fonte Imagens: Inspireme.com.br

Moda Interativa

Não é de hoje que o investimento das marcas de moda nas redes sociais tem sido maior e intenso, tornar a comunicação mais interativa e criar novas experiências para os consumidores é uma ótima estratégia para as marcas que buscam inovar nas mídias sociais.

A Coleção Viva La Vida da Maria Dolores trás um vídeo incrível que interage direcionando o consumidor para a loja virtual. Ao visualizar um produto com a marcação é só clicar e será direcionado ao e-commerce da Maria Dolores. Criativo e inovador.

A Marca nas Redes Sociais: Informação e Experiência.

Fonte: Pinterest WeAreManuvo

Fonte: Pinterest WeAreManuvo

Uma marca forte se torna extremamente competitiva para as empresas. No contexto de mercado atual, e com a similaridade apresentada entre produtos e serviços, a marca tem em suas mãos a responsabilidade de carregar valores com os quais o seu consumidor se identifique. Assim como também é seu papel buscar, cuidar e cativar esse consumidor. O produto e a imagem da marca têm levado muitos profissionais da comunicação e do design a apelar para métodos de compreensão tais como a semiótica. A imagem da marca é sedimentada na mente do público através do resultado perceptivo seja com impressões positivas, negativas ou neutras. As marcas fazem parte das nossas vidas, comunicam-se conosco todos os dias, seja por meio de comunicação de massa como tevê e rádio, ou pelas mídias sociais, redes sociais como Facebook, twitter, blog e Instagram. Mais do que oferecer produtos e serviços, essas marcas buscam engajar seu público a ponto de ali conquistar um admirador, aliado e fiel consumidor.

Elemento característico das redes sociais é a capacidade de difundir informação através de conexões existentes entre os usuários. Com a ajuda da internet essa difusão se tornou mais rápida e depois com a criação de redes sociais, mais interativa. Novas informações começaram então a circular através da internet. Mais para compreender como funciona o transporte de informação, precisamos entender o que é rede social e quem são seus usuários. A princípio pode-se classificar como uma comunidade não geográfica, a derivação rede social, portanto é a representação de um conjunto de usuários, unidos e interligados através de ideias. Ideias essas que se transformam em informação e essa informação é passada diariamente por meios digitais.

Fonte: Pinterest

Fonte: Pinterest

Raquel Recuero (2009)¹ faz uma reflexão a respeito das diversas mudanças que a internet trouxe para sociedade, entre elas a possibilidade de expressão e sociabilização através das ferramentas de comunicação mediada pelo computador. Proporcionando assim que atores possam construir interagir e comunicar com outros atores, deixando assim um rastro que permite o reconhecimento de suas conexões. Essa e outras mudanças na comunicação são fruto dos avanços das Tecnologias da Informação e Comunicação.

Segundo André Telles (2010)² não há controle sobre uma marca, e hoje com o avanço e as diversas possibilidades com os meios digitais, o consumidor possui um comportamento diferente com a internet – agora, além de receptor da comunicação ele é também um retransmissor e formador de conteúdo. O autor alerta quanto ao poder que uma pessoa através das mídias podem ter falando sobre sua marca a outras pessoas e não menos importante exalta que tentar controlar isso é ilusão. Para chegar a sua marca ou ao seu produto hoje o consumidor utiliza de ferramentas tais como as mídias e redes sociais, Twitter, Blogs, Facebook, Pinterest, Instagram e muitos outros. Ao invés de ignorar ou tentar controlar isso ocultamente, a marca deve tentar um engajamento e uma comunicação mais aberta com o cliente.

“A palavra marketing vem antes da palavra digital”, Telles (pág. 154, 2010)² nessa afirmação quer dizer que os conceitos de marketing, publicidade e design são mais que importantes para o uso das ferramentas digitais – elas funcionam como estratégia e planejamento que vão através da elaboração de táticas com tais ferramentas trazer resultados. As novas estratégias de marketing para o mundo digital “abandonam” os 4 P’s e diz que uma marca deve ser capaz de englobar os 4 E’s, para se estabelecer na atual convergência da mídia. Esses 4 E’s, são equivalente a Entreter, Emocionar, Envolver, Engajar, que são uma extensão das empresas físicas, onde para estas ainda vale a estratégia dos 4 P’s (preço, promoção, ponto de venda e produto). Todos esse vetores, sejam os P’s do marketing tradicional ou os E’s do marketing digital, quando em contato com alguma forma de mídia, tem a finalidade de  produzirem sensações, ações, emoções  e reflexões, gerando assim uma experiência ao consumidor.

1 - Raquel Recuero é jornalista, professora e pesquisadora do PPGL e do Curso de Comunicação Social da UCPel. Suas áreas de interesse são redes sociais e comunidades virtuais na Internet, conversação e fluxos de informação e capital social no ciberespaço e jornalismo digital.
2 - André Telles é graduado em Publicidade e Propaganda pela PUC-PR em 1995, pós-graduado em Marketing na FAE Bussiness School em 1996 e MBA com ênfase em direção estratégica na FGV Fundação Getúlio Vargas em 2008. É professor de MBA e pós-graduação nas áreas de Marketing Digital e Novas Mídias. Foi o primeiro brasileiro a publicar um livro sobreSocial Media Marketing no Brasil, em 2005, intitulado Orkut.com. Em 2008, escreveu sua segunda obra, intitulada Geração Digital. André realiza palestras sobre marketing digital e mídias sociais em todo o Brasil. Atualmente é CEO da agência digital, Mentes Digitais, especializada em marketing digital.